(in)Discrição

Ontem um conhecido meu comentou com minha amiga Ana Luiza que sou louco...

Mas ele fez questão de ser bem específico e explicou:

- "Não de uma forma pejorativa; algo em relação à forma de pensar, de ser desinibido!"

Achei engraçado pois sempre me considerei tímido. E então comecei à fazer uma auto-análise e concluí que não só ele, como todas as outras pessoas, tinham razão: devo ser insano!

Alguém que fala sozinho, canta sem "aviso prévio" e que dança sem música não pode ser lúcido... Justo? Parece que vivo no palco em tempo integral, como se sempre tivesse alguém para me aplaudir no final da peça.

Melhor seria se eu cantasse bem ou fosse um bom dançarino... mas não! O que eu faço melhor dentre essas qualidades artísticas é falar sozinho, como um monólogo. E sempre chego à conclusões satisfatórias sobre minhas dúvidas e aflições, olha que coisa boa. Eu me "auto-aconselho"! =)

Chegando ao ápice do pensamento sobre loucura, lembrei de falar sobre a minha risada (ou melhor, gargalhada). Ela é o alvo de todas as atenções onde quer que eu esteja, e sendo muito sincero, não é por má intenção da minha parte! Lembro-me de uma certa ocasião em que fui sozinho assistir a uma peça teatral de comédia, dias depois entrei em uma comunidade on-line criada para o espetáculo e li vários comentários sobre uma risada que era possível ser escutada em todos os cantos do ambiente... Entre os comentaristas estava um amigo meu que reconheceu minha risada e ainda divulgou meu nome. Ou seja, todos ouviram uma risada em comum: a minha!

Enfim, depois de tanto relutar e refletir entendi que não nasci para ser discreto!

Simples assim!