Explícito
Eu não espero que você entenda.
Eu vivo mesmo neste "transbordar de emoções",
e na tentativa de esvaziar a alma, me debruço sob uma espécie de loucura.
Eu não espero que você perceba.
Talvez não seja muito nítido, mas em quase todos os meus passos
existe uma tentativa de fazer com que eles me levem até você.
No toque do meu celular, nas séries de tv que eu assisto,
nos livros que eu compro, nas roupas que eu uso, nas piadas que eu faço.
Nos meus silêncios, nas exuberâncias, na timidez, no ir dormir e no acordar.
Em tudo tem uma pitada de você. É que eu sou feito de recomeços.
Mas é que nada aqui está igual: nem as xícaras e nem as víboras.
Nem os medos e nem os anseios.
Nem mesmo a saudade, que agora se parece mais com uma lembrança insistente.
E se mesmo assim quiser voltar, a porta estará aberta.
Podemos tomar um chá e conversar.
Te espero arrumado e perfumado.
Mas não te demores, não poderei perder meu compromisso às 18h.
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