Vem comigo?

Eu lembro da primeira vez que te vi. 

Apesar da minha miopia que insiste em me fazer 

enxergar o mundo de forma borrada, 

notei cada centímetro dos traços finos do seu rosto. 

Esse turbilhão de sensações que você provoca é que tem me servido de inspiração para resgatar a poesia que em mim tinha adormecido. Me refiro a essa entrega, à troca de olhares, aos sorrisos, ao toque, ao encontro de corpos nus sobre a mesma cama. Intensidade. Intensa idade. Fomos dos fogos de artifício ao drama do suposto fim de um encontro breve mas que não foi efêmero. Eu não acredito em coincidência porque respeito o poder que o universo exerce e a existência de um SER SUPERIOR que olha e zela por tudo que acontece durante essa maratona chamada vida. E foi nessa correria que nos esbarramos e tiramos um tempo para respirar juntos, mesmo que só naqueles poucos momentos. 

Os opostos se atraem porque nesse encontro acontece o equilíbrio. Minha urgência com sua calmaria, minha busca com a sua espera. Eu quero, quero muito, quero agora. Você deixa acontecer. Sou visceral e você racional. Você não consegue perceber a beleza desse encontro? É compensação e não erosão. 

Uma pausa. Respiro. 

Eu quero você por hoje, por amanhã e até quando nós quisermos que aconteça. Vamos ler um livro, comer um sorvete, jogar conversa fora, dormir, acordar, ver um filme de comédia ou terror. Discutir, reatar, marcar, desmarcar. Te convido a se permitir sentir o que eu tenho para oferecer para o mundo e principalmente pra você.