Sobre a falta que o outro faz

Como diz Marla de Queiroz: "a saudARDE". Sim, a saudade arde. Mas eu acho que ela vai além: a saudade corroi. Independente se for temporária ou eterna (como se pudéssemos saber disto à priori), corroi. Chega aquele momento de readaptação dos dias sem a presença, o sorriso, os olhares, aquela rotina que parecia chata e insuportável nos dias de tédio. Contamos cada nascer e pôr do sol, colocando fé na teoria de que não existe nada melhor do que um dia após o outro. 

Mas a verdade é que a gente sobrevive e fica com a responsabilidade de decidir viver para ou com a ausência. É fato que é como tatuagem: para sempre estará ali, nem sempre vista ou lembrada, mas com a mania de despertar essa melancolia de fim de domingo ao som de Roberto Carlos, numa quinta-feira à noite. Mas a gente sobreVIVELogo tomamos consciência de que mesmo quase nada sendo insubstituível, existem presenças, sorrisos e olhares que ajudam a limpar a ferrugem do coração causada pela saudade.

Por isto eu peço diariamente ao Universo e a o Poder Superior, sabedoria para dosar o orgulho e livramento do possível arrependimento do deveria ter feito/dito.

Desejo sabedoria e bem-estar. 

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