Sobre os ventos

O termômetro marca 21°, mas esqueceu de citar a chuva que vêm ao nosso encontro. Um pingo cai acidentalmente no rosto: ser entendido como uma gota de orvalho ou um infortúnio é escolha individual. O termômetro também não mostrou as folhas secas caídas no jardim da cidade, que me servem de inspiração enquanto escrevo. A previsão até acertou sobre o temporal, mas ela não imaginava que se banhar nele seria transcendente.

Um vento frio nas costas como se indicasse que a direção que está sendo seguida é a certa. Meia-manga, meio-casaco, meio-frio, meio-termo. A indecisão do clima pode nos influenciar como nos sentimentos, ou a minha esquizofrenia acabou de ficar explícita?



Ah, a imensidão. Somos presenteados com tanto e por vezes agradecemos por tão pouco. Dias ensolarados, dias nublados, dias azuis, dias cinzentos. A doçura e a amargura não são excludentes. É o clima, é o tempo, é a falta de tempo. São os excessos, os vazios, os partidos, os inteiros. Os inocentes, os culpados, os verdadeiros, os mentirosos. Tanta coisa o tempo todo, que o simples quase é deixado no fundo da gaveta.

Na verdade, é mais do que se imagina, é agradecer até por aquilo que ainda não se tem. É perceber o quão grande é o que se tem, vibrar pra receber o que se quer e ACREDITAR: em você, na vida, no Universo ou em um Poder Superior.

Desejo bons ventos!
Desejo boas notícias!

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