Açúcar ou adoçante?

Escrever sem emoção é como ouvir música sem melodia, sem agudos e graves ou o refrão que faz sentir intensamente a mensagem. Eu sinto muito. Confesso que deveria te falar mais vezes sobre como eu me sinto, tentar colocar em pequenos frascos de amostra uma imensidão de emoções. Não vou me apresentar novamente porque vivem tantos em mim, que seria negligência evidenciar só aquele que pode te agradar.


Como são as coisas, de um diálogo pulamos para um monólogo. Eu preciso confessar que nunca entendi muito bem quando e onde colocar as reticências ou ponto-vírgula: essa sensação de incompletude me incomoda. Fechem os portões! Não deixem entrar mais nenhum pensamento, por mais que insistam. Afinal, duas colheres de açúcar são o suficente para adoçar o café ou para melar a relação. 

Melhor desligar a torradeira, antes que os pães queimem como os seus neurônios. E você desconfiando que a fumaça saía das panelas, quanta tolice. Pode ser um pouco frustrante esse papo de seguir o fluxo: ferva a água, coloque o pó e coe. "Coé" (em um bom carioques), todo mundo sabe que poderia ser mais do que isso. Podemos ir do capuccino ao chá gelado ou até mesmo fazer o caminho inverso.

Lá na padaria do Zé eles servem pão de queijo na mesa, e ouvi dizer em casa o café da manhã chega na cama. Começa a rotina com aroma de dia e sabor de realização, pra saciar a fome de quem sonha. Eu sei que tomei seu tempo falando coisas, com sentido, mas vamos aproveitar que o garçom se aproxima?

Um pingado de bem entendidos, por favor! 



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