Autoexplicativo (+18)

Admiro quem me transborda. Porra! Desculpa a indelicadeza, mas é que meu grito não caberia em uma simples hashtag. Optei por esperar por esta manhã fria para que eu conseguisse encontrar inspiração e transformar essa angústia em poesia. As palavras estão passando livremente pela minha garganta entupida por fiapos de angústia, enquanto minhas mãos trêmulas percorrem os botões do teclado. Esvazio o peito da forma mais inata do ser-humano, me livrando de quaisquer censura e vomitando tudo aquilo que embarga a minha voz. A minha docilidade anda de mãos dadas com minha aspereza: despertar um ou outro é fácil demais. Eu sou a minha prioridade, mas assumo que tenho fetiche por pessoas que me fazem vibrar.

A minha nudez não é corporal. A cada frase que escrevo, arranco um pedaço da roupa da alma. Não tenho vocação para viver em banho maria porque. EU SOU VISCERAL, PORRA! Eu permito me sentir vivo, vívido sem deixar de aceitar e respeitar as minhas calmarias. Seja um desafio solucionável, não apenas um apanhado de pontos de interrogação. Que tal sair da rotina, experimentar um sabor diferente de sorvete em uma tarde morna de sexta-feira, papear até quase perder a hora, tirar os pés do chão, dançar sem música. É tudo parte desta minha estranha mania de querer convidar todos ao meu redor para fazer parte da minha lúcida loucura. 

Te dou o direito de me perceber e entender da forma que quiser, não tenho domínio sobre sua falta de criatividade. Mas de antemão eu digo que sou multifacetado. Acontece em mim uma sucessão de explosão de fogos de artifícios. São incontáveis galáxias aqui dentro implorando para serem exploradas. Eu sei que não é fácil entender quem nasceu pra sentir muito, minha pele é tão fina que arrepio com um simples sopro no ouvido, um olhar sedutor, um sorriso apaixonado, um toque que oscila entre maciez e rispidez. E eu sou assim: sinto sim, sinto muito. 










Dou o direito ao OUTRO de ser como deseja: não exijo, apenas convido. 
Que aprendamos a usar no interruptor do foda-se de maneira saudável, de forma que ele nos livre daquilo que prende os pés no chão e embarga o vo quando precisamos ir além. 
Por este motivo valorizo cada segundo que o ponteiro do relógio me presenteia.
Que bons ventos te abracem.





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