Quando não é paixão.

É leve. Apesar dos momentos em que sinto vontade de te engolir voluptuosamente, satisfazendo o meu íntimo desejo de te ter aqui dentro por inteiro, eu me sinto flutuando todas as vezes que estou com você. E a sua presença vale cada minuto que foi contado no dia do reencontro. E você volta a acreditar naquela "velha história sobre acreditar"... enfrentando os medos, os desejos negáveis. Mas é que o meu mundo não era cinza antes de você chegar, mas as cores estavam desbotadas. Como se soubesse que meu jardim particular precisasse de cuidados, você fez com que florescesse em mim um desejo de que a confiança em você criasse raízes.

É que já ouvimos diversas vezes histórias amargas de desamor, mas não nos atentamos aos detalhes que fez com que dois caminhassem juntos pelo tempo que foi. Não existe o medo de perder, pois não existe a sensação de pertencimento. Mesmo sendo corroídos pela vontade de se ter por perto, respeitamos nossa vontade e necessidade de nem sempre estar ali fisicamente. Por falar em físico, como pode então um formato de orelha se tornar desenho? Este que eu contorno com os dedos todas as vezes que tu deitas por dentre os meus braços.

Eu falo desta ambiguidade. Estes ímpares que decidiram ficar lado a lado.
A escolha do nome do que surge deste encontro é pessoal.

E mesmo que tudo pareça antiquado ou fora de moda, você aceita viver ao estilo vintage.
E é por isso que eu chamo de AMOR... e você também. 



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