Expirou

Torna-se emocionalmente saudável quem aprende a respeitar os próprios limites. Vivemos em uma neurose que nos obriga a agregar pessoas, dar explicações aos ventos e esquecemos de nos reservar o direito de escolha. Perceba como é desgastante alimentar saudades daquilo que não vivemos. Daí nos afogamos nas tentativas de resgatar um pseudo-pretérito-perfeito, acumulando nos armários do peito lixos emocionais que de tão pesados fazem as costas curvarem. É preciso respeitar o movimento da vida, aceitar e agradecer por aquilo que o universo te devolve das suas vibrações: até o que vibramos precisa de um caminho para chegar até nós. Presenteie-se com o auto-conhecimento. O jardim da felicidade precisa de adubos, mesmo que seja a partida de ou para algum lugar. Escolha ficar onde existam trocas positivas, se permita a retirada quando algo te corroer a alma, o peito ou o que te faz vibrar a vida.


Seja honesto contigo e com o OUTRO. A fala é essencial, mas a escuta é um sinal de respeito e amor por si e pelo mundo. Peça auxílio ao universo, a um Poder Superior, ao (à) terapeuta, mas principalmente recorra a você mesmo. Conheça-te. Quem é você? Quais são seus desejos? Perceba se o lugar e as pessoas te levam para onde você quer ir, mesmo que em câmera lenta, porque fazer planos usando como base pilares de ansiedade é uma tragédia anunciada. Pessoas são do mundo, escolhemos os lugares onde queremos criar raízes e as pessoas que podem fazer moradia dentro. É ilusório acreditar que qualquer inquilino cuidará da sua mobília.

Não se renda a ilusão de que o OUTRO tem a responsabilidade de entender os sinais que você emite, de servir como boia quando você se sufoca com as palavras que deixou presas na garganta. O que você sente e o que faz com isto é responsabilidade sua. Quando escolher ficar, seja em um lugar, situação ou relação interpessoal/afetiva, esteja certo de que o crescimento será bilateral ou para o ambiente total.

Desejo amor: próprio e pela vida.