Re-toque
Acordei sentindo o coração bater tão forte como se quisesse saltar do peito, com o travesseiro molhado e esta sensação que eu ainda não sei dar nome que começa no cóccix, arrepia a espinha e sobe até os fios do cabelo. As mãos passeiam pelo teclado enquanto o Word sublinha em vermelho o que escrevo sinalizando que os dedos trêmulos sabotam a minha gramática. Respiro. Preencho e esvazio o peito enquanto dou início a um processo de perdão: eu me perdoo. Cobro tanto de mim mesmo que quase anulo minha tolerância a erros e deslizes orais. Me perdoo por ansiar que quase tudo seja tão nítido ao ponto de ser palpável e também por esquecer que o PODER SUPERIOR tem controle sobre todas as coisas, não eu.
Me perdoem por qualquer toque grosso, narrativa-navalha, intolerância impulsiva. Perdoem essa ansiedade que me faz puxar pelo braço e guiar pelos caminhos (até os que eu desconheço) de forma impaciente e bruta. Supervalorizo qualquer cinco minutos e por coincidência, ou não, apresso o tempo logo nos momentos em que querem calmaria, passos flutuantes. Coloco minhas angústias na frente, mas que isto não signifique que desconsidero desgostos, desprazeres, medos que são compartilhados honestamente comigo. Perdoa por algumas vezes não querer reconhecer que ainda tenho o que aprender: contigo, com a vida, com o universo.
Eu me perdoo por exigir sempre mais de mim. Por vezes não acreditar que o Outro pode me aceitar como sou e tem também a liberdade de não querer ficar, sem que isto me obrigue a me desconfigurar transparecendo nos movimentos do meu corpo um pedido pra que fique. Perdoo o meu medo do novo, do escuro, de ser guiado, de cair do colo. Perdoo qualquer estupidez eu eu tenha escrito em forma de poesia. Me perdoo por ter acostumado com rejeições e por me causar estranheza qualquer aceitação que me soe completa.
Perdoa, PODER SUPERIOR, todo toque indelicado meu em cicatrizes do Outro.
Perdoa também transformar em fantasmas lembranças memoráveis e de imensurável importância.
Amor daqui.
(Imagem retirada da internet.)
Me perdoem por qualquer toque grosso, narrativa-navalha, intolerância impulsiva. Perdoem essa ansiedade que me faz puxar pelo braço e guiar pelos caminhos (até os que eu desconheço) de forma impaciente e bruta. Supervalorizo qualquer cinco minutos e por coincidência, ou não, apresso o tempo logo nos momentos em que querem calmaria, passos flutuantes. Coloco minhas angústias na frente, mas que isto não signifique que desconsidero desgostos, desprazeres, medos que são compartilhados honestamente comigo. Perdoa por algumas vezes não querer reconhecer que ainda tenho o que aprender: contigo, com a vida, com o universo.
Eu me perdoo por exigir sempre mais de mim. Por vezes não acreditar que o Outro pode me aceitar como sou e tem também a liberdade de não querer ficar, sem que isto me obrigue a me desconfigurar transparecendo nos movimentos do meu corpo um pedido pra que fique. Perdoo o meu medo do novo, do escuro, de ser guiado, de cair do colo. Perdoo qualquer estupidez eu eu tenha escrito em forma de poesia. Me perdoo por ter acostumado com rejeições e por me causar estranheza qualquer aceitação que me soe completa.
Perdoa, PODER SUPERIOR, todo toque indelicado meu em cicatrizes do Outro.
Perdoa também transformar em fantasmas lembranças memoráveis e de imensurável importância.
Amor daqui.
(Imagem retirada da internet.)
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