Copo de veneno
Eu fechei os olhos, pra mim. Eu sentei na poltrona de um braço só porque ela pareceu tão, mas tão confortável depois daquela maratona. Serviu também para descansar a alma da frustração de saber, na linha de chegada, que de nada adiantou correr.
Neguei quase tudo, pra mim. Vezes ou outras quase sufocava meus pensamentos tentando calar a boca dos desejos. Não sabia onde estava indo, só continuava andando e acompanhando o desenho das nuvens no chão; quando ficava entediado, coloria o dia com os lápis coloridos do improviso.
Eu quase me matei, de tédio. E não culpo quem quase tenha morrido junto comigo também, os quadros cinzas são lindos mas nos mantém numa angústia fina. Rosas brancas ou vermelhas, não importa desde que enfeitem meu jardim para encantar o vendedor de algodão doce.
Antes, eu aceitaria um copo de veneno com duas pedras de gelo pra ajudar à diluir.
Hoje eu prefiro um copo de rum, três pedrinhas de gelo e uma boa prosa...
Neguei quase tudo, pra mim. Vezes ou outras quase sufocava meus pensamentos tentando calar a boca dos desejos. Não sabia onde estava indo, só continuava andando e acompanhando o desenho das nuvens no chão; quando ficava entediado, coloria o dia com os lápis coloridos do improviso.
Eu quase me matei, de tédio. E não culpo quem quase tenha morrido junto comigo também, os quadros cinzas são lindos mas nos mantém numa angústia fina. Rosas brancas ou vermelhas, não importa desde que enfeitem meu jardim para encantar o vendedor de algodão doce.
Antes, eu aceitaria um copo de veneno com duas pedras de gelo pra ajudar à diluir.
Hoje eu prefiro um copo de rum, três pedrinhas de gelo e uma boa prosa...
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