Daquilo que é nosso (18+)

Deslizou as mãos pelas minhas costas com a mesma intensidade de 10 anos atrás, mas com uma maestria que me levou tão alto que senti como se pudesse pegar as estrelas na palma das mãos. Colocou gentilmente a ponta dos dedos sobre cada pinta da minha pele de forma a me apresentar marcas que até então eu desconhecia em mim. Me invadiu com os olhos enquanto deitava sutilmente a cabeça na minha cintura, me senti devorado no mundo das ideias. Um arrepio correu minha espinha, o ar ficava mais rarefeito a cada longo beijo.

Deitou o corpo sobre o meu, mas eu sentia apenas o peso das grandes mãos que agora passeavam pela minha coxa tatuada. Me consumia com um fervor que se tornava nítido no suor que escorria pela ponta do nariz. Eu senti minhas forças indo embora, entregando nas tuas mãos o controle total da minha carne trêmula. A música alta ficou distante. Um transe. Me colocou em transe antes de tirar qualquer peça da tua roupa perfumada. Dominava meu corpo despido, entrava em contato com a minha alma.



Os elogios ardentes entravam pelos meus ouvidos junto com a ponta da sua língua. Mãos atadas. Eu não encontrava forças para relutar contra suas mordidas na nuca, aquelas que logo se cansariam de continuar na nuca. Eu já não me pertencia mais...

Conseguiu fazer com que as horas passassem rapidamente como se fossem segundos apenas. Mais uma vez provou que fiz a escolha certa em escolher te querer comigo. Nossa cama nunca foi um domingo, principalmente aos domingos... Mas fez daquela noite de quarta-feira cinzenta um Carnaval e me ritmou ferozmente como um mestre de bateria.

Que seja sempre nosso.

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