O móvel de dentro
Passou a ser dono de uma serenidade que é facilmente confundida com apatia, não gasta mais energia guardando nos armários entulhos emocionais. Retirou dos cabides culpas introjetadas, das gavetas revisitou lembranças e jogou fora dores e flores para que sobrasse espaço. Vestiu desamores, se despiu de sonhos. Dobrou, passou e guardou no canto esquecido do móvel o que é sagrado e particular. Nada que é dele incomoda, não há dores insuportáveis ou sonhos inalcançáveis: ele acredita que pode tocar o céu.
Abotoa frases que deviam ter sido ditas naquele casaco velho preenchido de valor emocional. Tira as traças e ressignifica fatos, remenda acasos e rasga qualquer negatividade que tente se esconder por entre a malha macia das camisetas. O jeans desbotado e surrado remete ao que foi para conseguir ser o que hoje é.
Junto à sola dos sapatos, as pegadas: por lamas e gramados à tijolos de ouro. Enfrenta cada passo como se o calçado lhe poupasse de qualquer queda. Decidiu ser luz por entre suas próprias sombras.
Desejo luz;
E sabedoria para lidar com suas sombras.
Abotoa frases que deviam ter sido ditas naquele casaco velho preenchido de valor emocional. Tira as traças e ressignifica fatos, remenda acasos e rasga qualquer negatividade que tente se esconder por entre a malha macia das camisetas. O jeans desbotado e surrado remete ao que foi para conseguir ser o que hoje é.
Junto à sola dos sapatos, as pegadas: por lamas e gramados à tijolos de ouro. Enfrenta cada passo como se o calçado lhe poupasse de qualquer queda. Decidiu ser luz por entre suas próprias sombras.
Desejo luz;
E sabedoria para lidar com suas sombras.
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