Elogio a dor
Quando ela me abraça, deixo que faça nada além do que sua função: doer. Mesmo que me aperte até sentir os ombros molharem com água salgada, a marca compartilhada da emoção do Outro. Conversamos sobre tudo: desde a infância até o atual tic-tac do relógio na parede. Onde é que a culpa se escondeu? Quando foi que esquecemos de decidir juntos as regras do esconde-esconde? 1, 2, 3...10, 15, 19...22, 29, 31: lá vou eu!
Não saber desfrutar o sabor da dúvida pode ser perigoso, a vulnerabilidade é essencial para experienciar a vida em sua totalidade. Água, rio, mar: não dá pra se afogar naquilo que não consegui dizer. Gentilmente a dor me pega nos braços e me recosta. É hora de ouvir!
Perguntei o que fazer para que ela se despedisse, foi possível ouvir a lágrima escorrendo nas maçãs no rosto com o silêncio que instaurou. Não há respostas, ela apenas está ali, existindo ou coexistindo esperando a inundação passar para poder atravessar a rua. Escreve nas paredes do peito mais um bilhete, dentre os vários que tento ler diariamente. Ela quer lembrar quem a gente é e o que a gente quer.
A dor quer movimento.
Desejo boas notícias!
Não saber desfrutar o sabor da dúvida pode ser perigoso, a vulnerabilidade é essencial para experienciar a vida em sua totalidade. Água, rio, mar: não dá pra se afogar naquilo que não consegui dizer. Gentilmente a dor me pega nos braços e me recosta. É hora de ouvir!
Perguntei o que fazer para que ela se despedisse, foi possível ouvir a lágrima escorrendo nas maçãs no rosto com o silêncio que instaurou. Não há respostas, ela apenas está ali, existindo ou coexistindo esperando a inundação passar para poder atravessar a rua. Escreve nas paredes do peito mais um bilhete, dentre os vários que tento ler diariamente. Ela quer lembrar quem a gente é e o que a gente quer.
A dor quer movimento.
Desejo boas notícias!
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