Fora da bolha
Faltava a serenidade que tanto falava nos textos e aparecia nas fotos da rede social. Não tinha aceito verdadeiramente a ideia de não-ter-controle-sobre-tudo-e-tudo-bem; ainda tinha longas conversas com suas lembranças. Porém, insistia em não acreditar naquele ditado popular tão negativo. Sabia que ainda tinha sua inocência, mesmo que em diferentes e, alguns até desconhecidos, lugares.
Sabia também que sinais não são universais, por isso lembra de relevar a particularidade de cada Outro. O que não tinha descoberto ainda era o seu lugar, mas faz moradias pelo caminho que segue. Disse que sente como se houvesse um guarda dentro de sua cabeça e que toda vez em que pensasse em parar para descansar, ouvia o apito e o homem fardado mandando circular. Flertava com o otimismo em sua escrita e omitia o esforço que fazia para colocá-lo no dia-a-dia.
Queria falar sobre o que sentia, e talvez sobre o que não sentia. Tinha invertido os papeis, a criança de dentro cuidando do adulto de fora segurando quase toda a insegurança em seus curtos braços. Falava em ser muitos: se perdia entre tantos quereres. Se deu conta que caminhou este tempo e... E.
Buscava pelo equilíbrio de uma criança que deixou de engatinhar há pouco. Faltava respirar o ar fresco do lado de fora, sentir a terra sobre os pés, vibrar com o azul do céu.
Tinha pouco tempo, ou muito, ou tempo nenhum. E se parasse de contar as horas? E se cortasse os pulsos? Faltava relaxar. Nada adiantaria o amanhecer, as estações do ano, as estradas, os encontros e despedidas. O café amargo, a louça lavada, o filme assustador, a pipoca sem sal. O jantar predileto, o cigarro de cereja, o elixir. O conhecimento, a ignorância.
Descobriu que precisava se entregar pra vida!
Desejo boas notícias!
Sabia também que sinais não são universais, por isso lembra de relevar a particularidade de cada Outro. O que não tinha descoberto ainda era o seu lugar, mas faz moradias pelo caminho que segue. Disse que sente como se houvesse um guarda dentro de sua cabeça e que toda vez em que pensasse em parar para descansar, ouvia o apito e o homem fardado mandando circular. Flertava com o otimismo em sua escrita e omitia o esforço que fazia para colocá-lo no dia-a-dia.
Queria falar sobre o que sentia, e talvez sobre o que não sentia. Tinha invertido os papeis, a criança de dentro cuidando do adulto de fora segurando quase toda a insegurança em seus curtos braços. Falava em ser muitos: se perdia entre tantos quereres. Se deu conta que caminhou este tempo e... E.
Buscava pelo equilíbrio de uma criança que deixou de engatinhar há pouco. Faltava respirar o ar fresco do lado de fora, sentir a terra sobre os pés, vibrar com o azul do céu.
Tinha pouco tempo, ou muito, ou tempo nenhum. E se parasse de contar as horas? E se cortasse os pulsos? Faltava relaxar. Nada adiantaria o amanhecer, as estações do ano, as estradas, os encontros e despedidas. O café amargo, a louça lavada, o filme assustador, a pipoca sem sal. O jantar predileto, o cigarro de cereja, o elixir. O conhecimento, a ignorância.
Descobriu que precisava se entregar pra vida!
Desejo boas notícias!
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