Memória
Durante uma aula ainda no ensino fundamental, uma professora pediu para que os alunos escrevessem uma carta contando sobre o que esperavam do futuro. Eu sempre gostava de ser o primeiro aluno a fazer as leituras, mas dessa vez minha carta pareceu tão simples que me envergonhei. Escutei pedidos encantadores, outros gananciosos ou fora da realidade enquanto o meu cabia em uma linha da folha do caderno. Sem longas introduções, falei em voz alta embargada o que eu esperava do futuro: SER FELIZ. A surpresa na expressão da professora, o silêncio na sala misturado com alguns burburinhos...
Nos finais da tarde, eu me encontrava com uma amiga para ter aulas de canto; tudo improvisado, na calçada e o material didático era a inocência de duas crianças. Ela era a responsável pela minha afinação, posição da língua, colocação dos agudos, repertório... Vizinhos, eu sei que é um pouco tarde mas desculpa pelo transtorno! Um novo sonho chegou e decidi ser veterinário, queria ajudar todos os animais que via abandonado pelas ruas. Daí quis ser tradutor, mochileiro, ator, backing vocal, psicólogo. Me parecia coisa de geminiano!
É claro que uma criança oprimida vai desejar experimentar o mundo. Quando cresce, ela pode perceber que a ganância não tem o mesmo valor das coisas que trazem paz. Não importando quais sejam elas, o seu tamanho, a sua validade, a sua forma de ir e vir ou de ficar, sempre permitindo o encontro do que se é com o que se tem.
Eu não quero muito, mas posso muito.
Que eu saiba ficar onde me encontro.
Nos finais da tarde, eu me encontrava com uma amiga para ter aulas de canto; tudo improvisado, na calçada e o material didático era a inocência de duas crianças. Ela era a responsável pela minha afinação, posição da língua, colocação dos agudos, repertório... Vizinhos, eu sei que é um pouco tarde mas desculpa pelo transtorno! Um novo sonho chegou e decidi ser veterinário, queria ajudar todos os animais que via abandonado pelas ruas. Daí quis ser tradutor, mochileiro, ator, backing vocal, psicólogo. Me parecia coisa de geminiano!
É claro que uma criança oprimida vai desejar experimentar o mundo. Quando cresce, ela pode perceber que a ganância não tem o mesmo valor das coisas que trazem paz. Não importando quais sejam elas, o seu tamanho, a sua validade, a sua forma de ir e vir ou de ficar, sempre permitindo o encontro do que se é com o que se tem.
Eu não quero muito, mas posso muito.
Que eu saiba ficar onde me encontro.
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