Qual o preço?

Confesso que acordei sentindo o dia diferente dos iguais, é verdade que noite passada eu sonhei contigo. Pra que mentir, o café com mais um pouco de açúcar porque eu não podia cumprir com tudo que eu falei. Não vou dizer que é vaidade, mas eu acreditei que as espirais iam dançar em harmonia. Não é a mesma sensação de molhar os pés na água da praia: eu reclamei da areia grudando nos pés, mas o pôr do sol ficou ainda mais bonito no reflexo dos seus olhos. Não sei se posso falar assim sobre o que vi, mas eu não ouvi os áudios com cantoria daquelas músicas melosas que me fazem derreter.


Talvez isso passe no domingo, você sabe o quanto eu sou inconstante. Na segunda eu volto atrás e não me deixo em paz, mas a porta fechada deixa a gente ver os enfeites cafonas que já fazem parte. Eu falo demais, eu consigo desaparecer na multidão vestido de verde limão, não quero ser o dono da verdade mas já doeu demais. Quem sabe tudo tem uma razão para acontecer, quem afirma que não foi o melhor que poderia ser feito? Aos poucos fui ficando mesmo sem saída, eu não me encontrava em mim mas já era oito e tal.

É que sou amado e odiado pelo meu exagero, mas não vou roubar seu tempo. A ironia de saber o que não era conhecido antes quando a teoria não se aplica mais, eu preciso de sete colheres mas tenho nove facas. E se eu parasse de me explicar demais e pagasse pra ver?



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